terça-feira, 26 de março de 2013

Lalino Salathiel


Traços biográficos de Lalino Salãthiel ou a volta do marido pródigo
 

Marco Aurélio Baggio


 

      Ainda não encontrei, na já vasta bibliografia referente à obra de João Guimarães Rosa, um estudo particularizado que versasse sobre este segundo conto de Sagarana.

       Para mim, A volta do Marido Pródigo é o conto mais saboroso que Rosa nos deixou. De forma particular, as peripécias do personagem, sua habilidade em lidar com as situações, sua leveza e bom humor, aliados a sabedoria de como são as coisas, e seu desfecho alegre, me envolveram.

 

       Lalino Salãthiel é um mulato esperto, ardiloso, que sabe das coisas.

       Lalino Salãthiel surge no corte da estrada de rodagem que liga Belo Horizonte a São Paulo. Já bem atrasado nos horários: o burrinho já cumpriu uma quarta parte de seu trabalho no dia. Lalino não se amofina: como bem pulou, maneiro, do caminhão recém chegado, vem, sorridente, enfrentar os olhares de recriminação do seu Marra e dos companheiros, dando o aspecto de quem estivesse recebendo uma ovação.

       Diante do capataz, Seu Marra, ele se porta submisso e firme, mas fala mesmo, íntimo.       Seu Marra se faz de duro, otoridade.

              Lalino se desculpa, ambíguo:  - Nevralgia...

       E promete:

 mas o senhor vai ver como eu toco o meu serviço e ainda faço este povo trabalhar...

       Atacado pela insinuação de que dormira mais que o catre, Lalino mata no peito, bota no terreno e desvia, fazendo um lançamento:

-        Falar nisso, seu Marrinha, eu me alembrei hoje cedo de outro teatrinho, que a Companhia levou, lá no Bagre: é o drama do Visconde Sedutor.

Amortece os poderes feitorais, intimizando-o de Seu Marrinha. Não explica, justifica ou retruca a insinuação feita, mas responde em outro registro, introduzindo o sonho, a fantasia, a vivência teatral, no meio daquele trabalho bruto. Ao mesmo tempo, enfia uma cunha para um álibi na tarefa, para logo mais...

       Imediatamente o companheiro Pintão quase teve o pé esmagado por uma laje, enquanto o Correia diz, suspirando:

       - Também, tudo pra ele sai bom, e no fim dá certo.       Pra uns as vacas morrem... Pra outros até boi pega a parir...

       Seu Marra já amaciou e lhe aponta o dia inteiro.

       Lalino vai trabalhar. Mas seu trabalho mesmo é com a língua. Falar. Contar lorotas, pavonear, cutucar um e outro, mexer com as pessoas. Levando para os companheiros um pouco de ilusão.

       Ele faz tudo diferente, inusitado, provocativo.

       Num chiqueiro, vai criar pacas... capivaras também. Nesse galinheiro, vai botar jacus, perdizes e codornas...

       E, tomando gosto, depois de ter servido cigarros aos colegas, vai exagerando:.

      Vou plantar chácara com azeitona; laranja de abril em goiabeiras... Limão doce no pé de pêssego.

      Cutuca a incredulidade dos amigos.

       - Não pega!

-        Pega! Deve de ser custoso, mas tem de se existir um jeito...

-         

       O mulatinho carteando marra, esperto. Ladino. Seu nome foi cunhado à propósito por João Guimarães Rosa. Lalino – Ladino.

       Chama-se ladino o negro africano que aprendia o português e que desempenhava, como escravo mais diferenciado, entre o capataz e os negros boçais, aqueles que só falavam a língua africana de origem.

       Lalino é um chefe de turma de braçais, mas opera na fala fácil, envolvente, embondeira.

       Não quer perceber que o espanhol Ramiro anda rondando sua mulher. Descarta as insinuações do Generoso, desliza para as espanholas, dessas para as mulheres bonitas, de facilidade, do Rio de Janeiro.

-        Tem de toda qualidade, francesa, alemanha, turca, italiana, gringa... É só a gente chegar e escolher... Elas ficam nas janelas e nas portas, vestindo de pijama... de menos ainda... Só vendo, seus mandioqueiros! Cambada de capiaus!...

-           Lalino anzolou toda a turma. O que ele não sabe é que nessa treta toda, ele, Eulálio de Souza Salãthiel, acabara próprio de si mesmo fisgar. Ir para as mulheres do Rio passará a ser seu sonho e objetivo. Durante o almoço, enquanto o mulato continua falastrão, seu Marra se aproxima. De princípio, cobra jeitoso, o rendimento pouco do serviço e depois, insinua o teatro. Quer ouvir a peça O Visconde Sedutor. Sem jeito de escapar, Lalino não se aperta: há atualmente nos seus miolos uma circunvoluçãozinha qualquer, com vapor solto e freios frouxos, e tanto melhor.

       Inventando o primeiro ato, Lalino comete o deslize de dizer que vira a peça no Rio de Janeiro.

       O caminhão da empresa retorna com seu Waldemar, livrando a cara de Lalino.

       Seu Waldemar comenta:

 

       -Mulatinho levado! Entendo um assim, por ser divertido. E não é de adulador, mas sei que não é covarde. Agrada a gente, porque é alegre e quer ver todo o mundo alegre, perto de si. Isso, que remoça. Isso é reger o viver.

       Nessa tarde, Lalino foi para casa, para os braços de Maria Rita. Entre espantada e feliz, ela o recebeu. Porque ela o bem-queria muito.

       Na manhã seguinte, Maria Rita se vê frustrada na expectativa de uma nova lua de mel. Lalino, preocupado, fumando pela casa, em busca de fotografias de mulheres.

       Lalino mergulhado em suas fantasias e fotografias: Maria Rita gosta dele, mas... E essa dessa loira, e a outra, morena, muitas... Mais de cem? Mil... e nessa comparação, entre a própria fantasia futura que o fisgara e Maria Rita, ali á mão, Maria Rita perdeu.

       Se resolveu: apurava suas coisas, arranjava um saldo e ia pras mulheres, no Rio de Janeiro.

       O pior vinha agora: desligar-se de Maria Rita..., escaranfunchava na memória todos os pequenos defeitos da mulher... Mas, quem é aquele? Ah, é o atrevido do espanhol, que está rabeando. Bem... Bem.

       Lalino decide aproveitar o acaso que o diabo lhe envia e dizendo que vai embora, definitivo, dali, sem a mulher, pede dois contos emprestados ao Seu Ramiro. Nem despede da mulher, pede um conto de réis do espanhol, que acha estar fazendo uma pechincha, para melhor cortejar Maria Rita e embarca no caminhão.       Manda recado para Ritinha de que não volta.

       Como eu não presto, ela não perde. Diz a ela que pode fazer o que entender.... que eu não volto, nunca mais...

       E enfrenta a indignação do Seu Miranda:

 E agora eu não quero me amofinar, não tenho tempo pra estragar a cabeça com raiva nenhuma, atoa, atoa. Sou boi bravo nem cachorro danado, pra me enraivar?

       Lalino não aceita se deixar possuir pelo ódio. Sabe que isso não faz bem. Estou diante de um recorte vulgar de jornal, de ontem, estudo científico comprova a força do pensamento positivo, afirmando que pensamentos positivos ajudam o cérebro a ordenar mais secreções de produtos químicos para combater as enfermidades. Neuroptídeos melhoram macrófagos que batalham contra as enfermidades. Timosina, um hormônio reforça o sistema de imunidade.

Dez anos depois, Riobaldo vai dizer isso mesmo, aprendido na travessia do Sertão: 

‘... quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a idéia e o sentir da gente;

       O ódio – é a gente se lembrar do que não deve-de; amor é a gente querendo achar o que é da gente.   

Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura.

       Somente com a alegria é que a gente realiza bem-mesmo até as triste ações.

       Ah, para o prazer e para ser feliz, é que é preciso a gente saber tudo, formar alma, na consciência; para penar não se carece.

Ai está uma coisa importante: Lalino sabe que não se deve ocupar a mente com sentimentos negativos, sendo possível evita-los. É o caso com seu Miranda, mero chofer de caminhão, que o leva para Brumadinho, na primeira etapa da viagem para o Rio e que cumpriria papel de recadeiro à Maria Rita. Não era o caso de se irritar, não valia amofinar-se com a indignação e a provocação dele. Não era uma briga necessária; Lalino sabia recoloca-lo em seu lugar na história, sem se humilhar e sem se deixar ofender.

       Quantas, milhões de vezes, o neurótico cavila ao pensamento ruim, pessimista; adere aos sentimentos de segunda classe, de compaixão, culposos; quantas vezes, briga a briga errada, falsa, boba, desimportante, Fica com ódios, deixa os ódios virarem rancores, ressentimentos, mágoas e, tudo por uma  má causa? Até atingir os elevados índices de pessimização descritos por Climberis.

       Lalino não se deixa desviar pelos outros. Não permite que o Grande Outro lhe invada, lhe faça a cabeça. Ele quer manter sua cabeça aberta para seus horizontes e limpa de todos os entulhos, para que possa arquitetar bem seus próprios projetos. Seu Miranda ainda tem um último apelativo.

       - Inda está em tempo de ter juízo, seu Laio. O senhor pode merecer um castigo de Deus...

       -Que nada seu Miranda! Deus está certo comigo, e eu com ele. Isso agora é que é assunto meu particular... Alegrias, seu Miranda!

       Á insinuação da praga, Lalino amortece, diminui e rebate inteligentemente: praga que não o contagia. Não deixa nem deus lhe perturbar. O que lhe move é o seu daimon interior, querendo realizar sua fantasia de O Visconde Sedutor. Por ela, fora seduzido e, induzido, escorria pela estrada de ferro. Os sapos que dissessem: - Não! Não! Não!... Diziam também, ora pois não era? -  Bão! Bão Bão!...

       Lalino sonhava com o determinado ponto, em cidade, onde odaliscas veteranas apregoavam aos transeuntes, com frinéica desenvoltura, o amor: bom, barato e bonito, como queriam os deuses...

       A mim não pode escapar que Eulálio-Lalino foi chamado de Laio, seu outro nome. Primeiro, pelo seu Marra, quando quer lhe chamar a atenção, antes de lhe perguntar pelo enredo d’O Viconde Sedutor.

       Depois é Maria Rita – Você é bobo... Laio... Ela diz, enjoosa. E agora, seu Waldemar.

       Laio, rei de Tebas, filho de Labdáco (coxo), pai de Édipo(pés inchados ) quer significar torto.


       Guimarães Rosa, que não dava ponto sem nó, nem colocava  palavra sem função poética e que conhecia grego e os clássicos, não mudou o nome por acaso. O senhor Eulálio de Souza Salathiel é Lalino quando atilado, ladino e Laio quando entorta o correto suceder das coisas.

       Seu Marra compreendera, quando Lalino fora se despedir.     

- Está direito. Você é mesmo maluco, mas mais o mundo não é o exato. Se veja...

Três meses depois Maria Rita estava morando com o espanhol.

Na capital as aventuras foram uma pândega e uma decepção. Mas, um indivíduo, de bom valor e alguma idéia, leva no máximo um ano, para se convencer de que a aventura, sucessiva e dispersa, atende e acende, sem bastar. E Lalino Salãthiel, dados os dados, precisava apenas de metade do tempo, para chegar ao dobro da conclusão.

Decide voltar.

Seu Ramiro é pêgo de surpresa e se coloca na defensiva de seu patrimônio recém-adquirido.

O diálogo entre os dois é um jogo de negaças, cada um querendo enganar o outro.

E Lalino se livra da dívida devido a afoiteza da culpa do espanhol. Quer ver Ritinha mas ao ser informado de que ela não o quer ver nem em pinturas! muda de idéia e pede apenas seu violão.Troca um por outro, ambos, objetos de prazer.

Lalino depressa muda de posição, de forma que as pessoas normais não lhe acompanham e perdem. O espanhol o encontra desrespeitoso, de costas, de cócoras. Entrega-lhe, ansioso, o violão. Lalino deixa um rabo, suas coisas, para mais tarde, buscar. E atemoriza:

 -O senhor está tratando bem da Ritinha? Se eu souber que ela está sendo judiada!...

E Lalino filosofa, achando melhor dar tempo ao tempo. Inverte e encantoa o Jijo, que está trabalhando para os espanhóis. Contempla os territórios ao alcance de seu querer.

E dorme na viola do Urubu.

Acorda com o tropel do Seu Oscar.


- Decerto vai querer tomar a mulher que você vendeu, ahh?

-        Que nada, seu Oscar.

-        Vai deixar a Sá Ritinha com o Ramiro? Malfeito!

-        Seu eu for lá agora, derrubo cinza no mingau.

-        Mas, e ela?

-        Vou chamar no pio.

-        E o espanhol?

-        Vai desencostar e cair.

-        Mas de que jeito, seu Laio?

-        Sei não.

-        E você fica aí, de papo pra riba?

-        Esperando sem pensar em nada, pra ver se alguma idéia vem...

-        Hum-hum...

-        É o que é, seu Oscar. Viver de graça é mais barato... é o que dá mais...

-        E os outros, seu Laio? A sociedade tem sua regra...

-        Isso não é modinha que eu inventei.

-        Ta varrido!

 

E  Lalino onipotente, fala como seria o mundo, se o tivesse feito.


Major Anacleto rechaça o pedido de seu Oscar, seu filho, de empreitar Lalino na política.

- Vendeu a família, o desgraçado! Não quero saber de bisca dessa marca.

Seu Oscar sabia como lidar com o pai, mudando de conversa.

Tio Laudônio, que chorou na barriga da mãe do Major Anacleto, seu irmão, é compadre das coisas, enxerga no escuro, sabe de que lado vem a chuva e escuta o capim crescer. É dele, quase sempre, a ultima palavra.

- Um mulato desses pode valer ouros... a gente esquenta a cabeça dele, depois solta em cima dos tais, e sopra...

Não sei se é de deus mesmo, mas uns assim tem qualquer um apadrinhamento... é uma raça de criaturas diferentes, que os outros não podem entender... gente que pendura o chapéu em asa de corvo e guarda dinheiro em boca de jia... ajusta o mulatinho, mano Cleto, que esse-um é o Saci.

Eulálio delonga mas já chega de mãos cheias. Despeja novidades: que seu Benigno isso e aquilo e mais...

Por fim Lalino faz um pedido. Queria e obtém, o Estevam de guarda costas.

E foi assim que Lalino fez saber ao povo que era cabo eleitoral do Major e que tinha de receber respeito.

Dando, tecendo, embondando e obtendo reforço para si. Assim tudo o mais, com a graça de deus, foi correndo bem.


Major Anacleto vai cuidar de sua política e a cada passo tem notícias das façanhas de seu comandado.

Ora é o padre que intercede por ele, pelo casamento dele, convencido da contrição de Lalino; ora é a notícia de que este estava metido com o filho do seu Benigno, seu maior inimigo...

 

À descompostura, Lalino retruca:

Eu juntei com o filho do seu Benigno foi só pra ficar sabendo de mais coisas. Pra poder trabalhar melhor para o senhor... é mais pra uma costura que eu não posso lhe contar agora, por causa que ainda não tenho certeza se vai dar certo...

Acalmando pela metade, o Major vai em cima:

- Eu não lhe disse que não fosse implicar com os espanhóis?

- Seu major, só se aqueles estrangeiros acham que a gente dar viva ao Brasil é mexer com eles.

E, magistralmente, depois de relatar outras tretas, à caça de votos para o major,

- Está vendo, seu Major, que eu andei muito ocupado com os negócios do senhor, e não ia lá ter tempo pra gastar com espanhol nenhum? Gente que pra mim até não tem valor, seu Major, pois eles nem não votam! Estrangeiro não tem direito de votar em eleição...

Num momento de fraqueza, Lalino pede a seu Oscar para procurar Ritinha. Seu Oscar foi e se atarantou, resolvendo um átimo, defender a própria causa.

Ao negar que fora o marido que lhe enviara, para melhor tecer sua cantada, deixa Ritinha sentir-se definitivamente desprezada por Lalino. Indignada, diz que nem vestido de santo quer vê-lo. Seu Oscar então se adianta e Maria Rita se indigna:

-        Homem nenhum não presta!

Seu Oscar desorganizadíssimo, tem que ouvir o desabafo de Ritinha.

-Eu procedi mal, mas não foi minha culpa. Sabe? Eu gosto é mesmo do Laio, só dele! Não presta, eu sei, mas o que eu hei de fazer? Pode ir contar a aquele ingrato, que não se importa comigo...

Com raiva de Lalino, seu Oscar mente, que ela não quer mais saber dele.

Seu Oscar vai denunciar Lalino ao Major.

Mas este recebeu um telegrama... altas políticas.

Seu Oscar vai tentar desmerecer Lalino, quando chega o capiauzinho trazendo notícias que o filho do seu Benigno, o Nico, desonrou a filha mais nova do seu Cesário.

Obra de Lalino. O rapaz não casa. Tá amoitado. Lalino aproveita para puxar.

- Só quero servir o senhor, seu major! Com chefe bom,  a gente sempre chega longe!

E o Major  elogia a escolha que o filho fizera, trazendo Lalino  a seu serviço.

O próximo lance é o de Maria Rita chegando em pranto, pedindo guarida e amparo. Maltratada pelo espanhol, com ciúmes, pede a proteção do seu Major.

-Quede o Lalino?

 Na beira do rio, no botequim, bebendo com os companheiros e um senhor que chegou de automóvel.

O major fica uma fera e promete surra de relho. Tio Laudônio, pacifica.

- Calma, mano Anacleto... a gente não deve de desperdiçar choro em antes de ver o defunto morrer...

Chega um automóvel. Parou. Lalino e três doutores.

Era gente alta, do Governo, Sua Excelência, o senhor Secretário do Interior, que está de passagem, de volta para Belo Horizonte. E nunca houve maior momento de hospitalidade numa fazenda.

O senhor Eulálio os abordara, na passagem do rio. Divertia-os. O Major sabia escolher seus homens... Sim, em tudo o Major estava de parabéns... E, quando fosse a Belo Horizonte, levasse o Eulálio, que deveria acabar de contar umas histórias, muito pândegas, de sua estada no Rio de Janeiro, e cantar uns lundus...

 

Tomando o café, alegria feita, cortesia floreada, política arrulhada, e o muito mais – o estilo, o sistema – o tempo valera.

Major Anacleto chama Lalino, e as mulheres trazem Maria Rita, para as pazes. E manda bater pau nos espanhóis.

No alto, com broto de brilhos e asterismos tremidos, o jogo de destinos esteve completo. Então, o Major voltou a aparecer na varanda, seguro e satisfeito, como quem cresce e acontece, colaborando, sem o saber, com a direção-escondida-de-todas-as coisas-que-devem-depressa-acontecer.

 

 

Referências


 

1- ROSA, João Guimarães. Sagarana. Rio de Janeiro, José Olympio, 1970.

2- ----------------------------------- Grande sertão: veredas. Rio e Janeiro, José Olympio, 1970.

3- CLIMBERIS, Boris.  Os caminhos da pessimização. Belo Horizonte, Veja, 1984.

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